Chego em casa. Abro a porta.
Sinto cheiro de casa limpa, ou seja, cheiro de água sanitária. Faço uma careta e entro. Estou louca para tomar um banho. Largo minha bolsa no quarto, simplesmente a jogo em cima do meu puff ao lado da escrivaninha, pego minha camisola de seda e me direciono para o banheiro.
Tiro o vestido verde-limão com pressa. Jogo-o em cima do cesto de roupas sujas para levar para o quarto. Faço o mesmo com meu short jeans. Fico só com a lingerie branca e abro o chuveiro. Deixo a água esquentar enquanto tiro o sutiã me encarando no espelho.
"Cara ridícula. Seios ridículos. Cabelo nojento."
Desço a calcinha. Subo uma perna depois a outra. Abro a cesta com cuidado, sem derrubar minhas roubas da tampa. Dou um suspiro irritadiço e sinto mais forte o cheiro da "limpeza". Entro no chuveiro.
Deixo a água escorrer pelo rubro do meu cabelo pelo leite da minha pele. Pego o sabonete com aroma de macadâmia e esfrego na esponja até que faça espuma. Passo a mesma pelo meu pescoço e, sem perceber, solto um suspiro excitado.
Desço um pouco mais, a esponja escorrega para o meu seio direito. Quase que automaticamente, ele se arrepia com sua textura. Me demoro e solto um gemido. Passo para o outro seio, já arfando. Brinco com ele e a esponja enquanto o outro se contenta com a minha mão.
Desço a esponja novamente, dessa vez para o meu clitóris e ele parece ter aumentado sua sensibilidade em muitas vezes. O toque da esponja foi o suficiente para que eu gemesse mais alto e com mais intensidade. Quando dei por mim, estava sentada deixando a água tomar conta de mim e meus dedos dentro. Dentro e fora. Dentro e fora. Dentro e fora. Dentro...
Gozo com uma intensidade tão insana que os vidros do box se quebram com meu grito de tesão. E nenhum incompetente para me foder direito. "Não concordo com essas miscigenações", eles dizem. Lobisomens inúteis.
Vamos lá, de novo. Dentro e fora, dentro e fora, dentro e fora. Soco a parede, um buraco se forma no mármore. Dentro e fora, dentro e fora, a água correndo nos meus seios, dentro e fora, dentro e fora.
Só a lua me faz companhia nesse tipo de noite. O cio vampírico, o ápice milenar de uma vampira.
Dentro e fora, dentro e fora, dentro e fora...
Ouço um uivo lá fora. Seria aquele imbecil? Está meio atrasado...
Por: Rubria Gruby.
Post Scriptum: Por mera curiosidade, nesse conto, o cio vampírico é o equivalente á menstruação humana.
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