Olá, meus caro leitores;
Hoje, inspirada no livro "Dom Casmurro", criei esse conto, relatando o re-encontro de Bentinho e Capitu.
Espero que gostem.
Fui adentrando lentamente sua casa com a sutileza e destreza tamanhas que poderiam me confundir com um gatuno, se não fossem minhas vestimentas apropriadas.
Ansiava pelo nosso encontro semanas, meses, anos antes! Ah! Minha pequena e meiga Capitu... Tantas lembranças. Momentos passados tranquilamente, mas como já disse: aos 15 anos, tudo é infinito.
Me lembro com clareza de seus olhos, profundos, que durante todos esses anos, foram minhas bolas de cristal: escrevi neles meu passado, presente e escreverei o nosso futuro. Tudo isso, apenas com nosso olhar!
Quando parei de voar em pensamentos, deparei-me com os olhos com os quais sonhava todas as noites. Os belos olhos de ressaca permaneceram intactos á ação do tempo... E ela, completa, apesar de crescer e amadurecer, permaneceria sendo sempre a minha pequena. MINHA. PEQUENA.
Me olhava animada e ansiosa, como sempre fora. Sem mais delongas, abraçou-me e tocou seus lábios junto aos meus. O doce sabor que preservara em minha memória parecera ter amadurecido junto com ela, pois estava ainda mais doce.
A saudade foi cessando, pouco a pouco, porém nos sentíamos mais afastados do que nunca, naquele pequeno quarto, naquela enorme cama.
Afastei a distância e adormeci ao seu lado. Minha pequena... Pequena cigana com grandiosos olhos. Minha Capitu.
Por: Rubria.
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