Apesar de não conseguir o que queria, não vou desistir do blog como alguns amigos leitores tímidos demais e que me apoiaram mesmo sem comentar cogitaram.
Vou continuar com ele e mantê-lo firme.
Para o post de hoje:
INOCÊNCIA?
Bateu o sinal para o recreio. Todos saíram no desespero e ela seguiu o bando.
Andava lentamente ignorando a pressa de quem saía correndo em sua frente, quase a atropelando. Não se importava, não fazia diferença.
Já no pátio, olhou com desagrado para cada uma das pessoas amontoadas na fila.
“Não passam de pessoas medíocres e ridículas... Olha isso: Wallace rindo á toa da minha cara, só porque sempre o nego... Tsc tsc... É triste ele tentar inverter os papéis sendo que todo mundo viu e ouviu os foras que lhe dei... Olha só o Peter rindo do Johnny que caíra... Agora ele não lembra, mas quando ele caiu, Johnny o ajudou a levantar e agora ele ri do pobre garoto...”
Mascava seu chicletes enquanto pensava e listava cada coisa ocorrida no passado e a comparava com o presente. Enquanto mascava, acabou se desconcentrando da conversa de suas amigas que lhe chamaram a atenção e então voltou á si. Fingiu um sorriso e engoliu o nojo que, de certo modo, sentia de suas vergonhosas amizades.
Elas falavam dos professores como se fossem objetos sexuais feitos para elas olharem e avaliarem. Isso só a enchia com mais nojo...
Bateu o sinal e todos voltaram para suas salas criadoras de mentes medíocres... E ela? Bem, ela tomou coragem, respirou fundo e voltou arrastando os pés pesadamente pelo chão até sua sala, rastejou até seu lugar e jogou-se impaciente na sua cadeira. Nada disse... Apenas ouviu o professor falar e se lembrava de que no outro dia seria a mesma coisa... E no outro... E no outro...
Por: Rubria Gruby.
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