"Aproximem-se todos, meus caros. O que vou lhes contar é real. Eu vi com meu próprio olho!" Sua voz roca e quase nula soava sombria. Como a história que ele veio contar.
Coçou a barba grossa e o tapa olho. Pigarreou para assegurar-se de que tinha a atenção de todos os garotos da pequena vila e continuou:
"Era uma noite tenebrosa no mar azul profundo. Não se via nada senão ondas e mais ondas batendo na popa e na broa, bonbordo e estibosrdo. Sem parar, uma atrás da outra.
Era difícil se segurar, sabe? E era difícil para o capitão manter o leme estável. Sei disso, pois EU era o capitão. - As crianças uivaram de animação com essa parte- Mas não culpo o mar, não, o abençoo cada vez que me atrevo a me aventurar por lá.
Nos sobes e desces do navio, eu vi... A CRIATURA! - Um grito dramático de todas as crianças- Mas ela não é como pensávamos, não... Ela é maior e pior! Tem enormes presas de morsa, talvez de uns três metros. Ela mesma deveria ser maior do que quatro navios e mais largo do que o Lago Guu.
E então, eu vi a coisa mais grotesca: seus olhos. Fixados nos meus, quero dizer, no meu. Enormes olhos vermelhos da cor do sangue.
POR SORTE! Tivemos muita sorte e muita benção dos deuses, pois ela não foi hostil..."
Há quem acredite e tenha vista a tal criatura, já outros... Não sobrevivem para contar.
Por: Rubria Gruby.
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