Vejo os olhos daquele corpo sem vida... Sem alma... Sem nada. A única coisa que paira em minha mente é: como estará ela?
Como terá sido o impacto da perda de sua razão? Será que você sente? Será... Será que você vê ou ouve algo? EU não sei porque vivo nesse terreno mundano e incontrolável. O que teria a me dizer se pudesse?
Não sei e tão pouco importa. Acabou, ela se foi. A única coisa, o único ser pelo qual o ar vale a pena existir morreu e nada a trará de volta.
Só me resta esperar. A maldita espera pelo efeito desse veneno fedorento fazer efeito. Não pude aguentar ficar um segundo sequer longe de você, imagine o resto de uma existência.
-UMA HORA SE PASSA-
Não sinto minhas pernas, perdi o controle de meus lábios. A baba escorre pelo meu peito e pinga no chão imundo. Minha razão permanece, esqueci de coisas inúteis do tipo o que comi ainda hoje mais cedo. Não importa mesmo.
-OUTRA HORA SE PASSA-
Agora não lembro quem fui. Nem o que sou. Só sei da escuridão se aproximando e desse riso abafado ao meu lado. Sei que é a minha hora. Deixo aqui minhas últimas horas de existência á quem interessar.
Will Johnson, ditado e não lido
Por: Rubria Gruby.
Post Scriptum: Esse post terá atualização com um áudio.
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