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By Ferramentas Blog

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Nada Demais.

Deitada no chão gelado de meu quarto. Pensando no nada. Os ruídos ao meu redor, provenientes do inquieto freezer e dos passarinhos orgulhosos do lado de fora não me desconcentraram do meu nada absoluto.

Apenas eu e a porta. Eu, encarando aquela coisa que me mantém longe do resto do mundo.



Lentamente, ela se move, como se provocasse minha sanidade mental. Nenhuma brisa existente. Por quê, diabos, essa porta se mexeu?


Como se caçoasse, ela parou. Eu não. Continuei firme olhando para ela. Novamente mexeu-se um tanto quanto violenta. Fiquei indiferente.


Ela não. Subitamente, se fechou. Um grande estrondo pela casa, um vento leve tocou minha face. 


Uma voz ao meu lado, rindo e dizendo "Você quem escolheu... AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA"


"Pouco importa" foi minha resposta. Vejo a imagem de meu avô, desmembrado, sem um olho. Seus cabelos negros permaneciam intactos, sua pele continuava morena como sempre. 


Dei de ombros. Ele sumiu. Meu cachorro apareceu, com uma pata quebrada e seu osso aparecendo. Latia e choramingava de dor. Mas nem dei importância.


Nada daquilo importava desde aquele dia... O dia em que morri.






Por: Rubria Gruby.

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