Lá estava no cemitério. Ofegante, corria sem parar.
Tentava esquecer o que vira, quando finalmente parou ali na esquina para descansar.
Virou a cabeça para o local de onde saíra e ele a encarava com um sorriso.
Sem hesitar, entrou no boteco e disse ofegante, engolindo em seco: “Água... Por favor.”
O barman a olhou de cima a baixo e foi pegar seu pedido, enquanto ela sentou em uma mesa e pegou seu espelho, se examinou.
Olhos azuis, borrada a maquiagem, cabelo despenteado. Com um breve suspiro, voltou a ruborizar espantando sua aparência pálida e assustada.
“Sua água, princesa”. Disse o barman por meio de um sorriso. “Obrigada” foi sua resposta.
Bebeu com impaciência e pagou. Voltou ao cemitério, porém desta vez, não voltou.
Nunca mais.
Por: Rubria.
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