Era apenas mais uma manhã no gelado inverno de 1995. Seu nome?Rubria Gruby. A data? 11/07.
Ela era mais um bebê na maternidade, choramingando nos braços da recém-chegada mamãe...
Os anos se passaram, Rubria cresceu e foi infeliz... Teve algumas decepções amorosas, mas manteve-se firme, esboçando sorrisos falsos sempre que a viram.
Á medida que o tempo passou, ela foi cansando disso... Sua raiva por ser tratada diferente aumentava a cada dia que passava e então ela tentou o suicídio pela primeira de 7 vezes.
As tentativas variaram entre cortar os pulsos e atravessar uma rodovia movimentada... Mas a mais recente foi a decisiva.
Lá estava ela, novamente, cortando os pulsos, quando de repente alguém invade seu quarto. A criatura era belíssima, porém, usava vestimentas antigas e rasgadas. Sua camiseta, possivelmente, branca agora era um bege escuro, sua calça preta estava cinza devido aos possíveis detritos e poeira encontrada em seu caminho.
Ela não conseguia balbuciar nem uma letra. Sabia exatamente o que era. E o que queria.
"Vou te deixar a escolha." Ele cortou o silêncio.
"Você quer continuar com a vida miserável que tem ou quer morrer logo?" ele olhou em seus olhos. Os dela, azuis. Os dele, ela via a escuridão de sua alma.
Ela pensou. Ele esperou.
"E então?" disse ele, finalmente, mas ainda paciente.
"Eu... Quero tentar mudar." Ela sussurrou. "Eu quero mudar o Andre." ela disse mais alto.
Ele deu de ombros e disse "Eu tenho te observado e á ele também... Você tem certeza disso? É mais fácil desempacar uma mula do que mudar aquele homem."
Ela ergueu os olhos, com uma pontada de fúria e cuspiu "Faça logo."
Sem pressa, ele a beijou. Beijou intensamente, enquanto sua mão vagava pelos seus pulsos, ainda sangrando. Ele então deixou seus lábios livres e seguiu seu caminho até os mesmos. Deu uma longa farejada e sussurrou "Dádiva dos deuses." Por fim, a mordeu.
Ela gemeu de dor, sentiu o veneno penetrar em suas veias, enquanto sua respiração falhava e a visão escurecia. "É temporário, logo você volta, eu prometo." E lá se foi.
Ela depois acordou, como ele havia prometido. A criatura sumira, e ela? Bem, ela olhou-se no espelho. Empalideceu, e sentia fome. Muita fome.
Comeu tudo o que tinha na geladeira, mas nada a saciou. Por fim, ela não resistiu, caçou um gato e bebeu seu sangue com tamanho prazer que foi quase um orgasmo.
Por: Rubria Gruby.
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