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By Ferramentas Blog

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Retrato Maldito.

O dito retrato na parede parecia zombar do rapaz. Apesar de coberto por um pano, Dorian Gray sentia o seu próprio olhar em suas costas e isso não o aterrorizava, não. Isso o enojava.


A última vez que olhara para aquela imagem, sentiu que ela falava com ele, movia os lábios e o amaldiçoava sem parar pelo que fizera em seu tempo de juventude eterna.


Sua amada, Siby Valen estava morta e não havia nada que ele pudesse fazer para trazê-la de volta a vida. Já fazem 20 anos!! Por quê, oh demônios, não poderia o jovem belo e robusto Dorian se esquecer daquela mulher loira e esbelta?


Não estava mais suportando a dor de sua perda, e a morte de seus amigos ao longo do tempo. Não! Está na sua hora. Ele decidiu sua morte. E a do retrato.


Tirou o mesmo da parede e arrancou o pano que o cobria. Teve a impressão de ver o rosto velho rir do rapaz.


"Agora, basta, seu maldito." Disse entredentes.


Com o quadro em mãos, jogou-o no meio da sala. Foi atrás de wiskhey e jogou por todos os lados. Pegou uma tocha e voou para cima do quadro. A fúria era a única coisa visível nos olhos do rapaz, que outrora eram de um azul profundo e apaixonado.


Tudo começou a queimar lentamente e em seguida com uma rapidez e fúria que acompanharam os sentimentos do rapaz.


Sentou-se no sofá grandioso e branco. Esperando sua morte. O retrato se consumia em chamas, ainda rindo do pobre rapaz apaixonado. Coisas do passado se passaram na mente de Dorian. 


Sentiu o cheiro de sua carne queimando e nem se importou. Não emitiu um som se quer até, lentamente, ser tomado pelas chamas.




Por: Rubria Gruby.



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