Eu não aguento mais essa negação. Simplesmente não entendo como alguém pode resistir á mim. Caminho apressada, verifico os bolsos para me certificar de que não esqueci de nada.
"Bolso da frente, cordão. Confere. Cópia das chaves, bolso interno da jaqueta. Confere. Sapatos perfeitamente silenciosos, confere. Luvas, em mãos."
Finalmente chego ao local. Paro em frente ao grande portão. Noto o trabalho elaborado em cada parte do mesmo enquanto o escalo. Já havia explorado a casa suficientemente bem para saber que não há alarmes em lugar nenhum.
Sigo até a porta da frente encoberta na penumbra. Uma noite sem luar. Perfeito.
Abro a porta da frente e consigo a proeza de não emitir nenhum som. Fecho ela atrás de mim com a mesma eficiência a qual abri.
Subo as escadas. Sei que o quarto dele fica lá em cima. Encontro uma luz fraca, provavelmente vinda de um computador. "Com certeza é o quarto dele..." pensei.
Abri a porta delicadamente, ele estava usando fones de ouvido. Eu com minha corda de náilon pequena em mãos...
PEGUEI.
No começo, ele se debateu violentamente. Lentamente, sua energia foi se esgotando... O ar que sobrou em seus pulmões se fora. Só parei de puxar quando tive certeza de que seu coração parou.
Troquei sua roupa. Coloquei um lindo blazer que achei em seu armário, com uma camisa branca. Calça social.
Tirei minhas roupas também. Estava com um vestido de noite. Finalmente teríamos nossa noite juntos.
Por: Rubria Gruby.
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