Lembro do tempo em que sua visita era esperada com um largo sorriso, de orelha a orelha. E eu sabia o que esperar: beijos roubados, carinhos discretos e um amor incomensurável que esvaia de seus poros.
Éramos como Romeu e Julieta; Com serenatas virtuais e a esperança de um futuro almejado. A esperança de que, um dia, pudéssemos nos orgulhar do amor cultivado com tanto esmero e espalhar ao mundo a novidade do destino.
Agora, isso não passa de um borrão negro de lápis, que mal apagou nossa história. A lapiseira cruel, com ponta fina demais, quase perfurou a seda do nossa separação e tentativa de manter um fio de esperança preso em nós.
Agora, seus olhos suplicam para que o mar sereno que tenho nas vistas os atinjam. E quando os atingem, sinto a vibração de seu corpo em alegria por tão simples contato.
Agora, você ri e sorri uma falsa felicidade, mas em meio aos risos eu ouço com todos os timbres o grito desesperado(e desesperador) do seu verdadeiro eu, clamando meu nome e implorando meu toque.
O que fazer... Senão rir de sua desgraça?
Por: Rubria Gruby.
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