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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Um Conto Qualquer

Amanheci com a tradicional vontade de beber o líquido mais precioso existente na terra.

Espreguicei-me na cama de solteiro escondida com as roupas de cama personalizadas da banda Porcupine Tree que mandei fazer. Elas levam a imagem do álbum The Incident. Não havia encontrado em lugar algum, como já imaginei, por se tratar de uma banda underground.

Caminhei até o banheiro. Olhei me no espelho. Meu cabelo parece ter entrado em guerra com o travesseiro durante a noite, pois está com algumas plumas. Minha costeleta está torta, uma parte tem mais tufos do que a outra e meu cavanhaque está da mesma forma. 

Tiro o pijama de star wars e entro no chuveiro. Com a ajuda do espelhinho do box e da minha tesourinha, aparo os pelos faciais dando novamente a ordem que tanto preso. Lembro dos tempos em que eu era apenas um garotinho, sem nenhuma noção de estética. Rio de minha inocência.

Com o corpo devidamente limpo, enrolo-me na toalha macia de algodão e volto para o quarto. Visto-me com cautela, uma regata branca com uma camisa quadriculada preta e vermelha, a minha favorita.

Coloco a calça skinnig preta e o sapato da mesma cor, bem como meu óculos de armação grossa. Estou pronto e perfeito. Saio pelas ruas com meu Iphone, publicando cada detalhe do meu caminho no facebook. As ruas onde moro tem várias árvores históricas, estão lá há sabe-se lá quanto tempo. 

Tenho a impressão estranha de estar sendo seguido. Olho para trás incontáveis vezes, mas só vejo a rua e as árvores. Dou de ombros e caminho ao som do Porcupine. É um dia cinzento e triste. 

Cheguei ao café costumeiro e peço a maior xícara de café que há. Noto uma garota linda sentada no canto do café. Seu cabelo é curto e levemente ondulado, cobre somente o pescoço. Seus olhos são de um verde estonteante. Os óculos são tão discretos que parecem fazer parte de seu rosto redondo. Sua boca carnuda encontra um canudinho, cheio de milkshake. Seu batom vermelho mancha-o. Ela me nota e sorri.

Beberico meu café sem pensar mais nela. Estava claro seu interesse por mim. Fiz-me de difícil. Ela que viesse até mim, então. 

Mas fiquei lá até o fim de meu café e do milkshake da misteriosa e ela não se deu ao luxo de vir até mim. Uma pena, estava tão certo de que ela havia se encantado comigo.

Levantei-me e fui até o caixa. Paguei a conta suave e segui até a porta. A olhei novamente. Ela fitava os olhos nos meus. Senti um calor imenso. Talvez seja apenas a excitação que sua beleza causa. 

Virei-me para a porta. Estranhamente, não consigo abri-la. Olho para a atendente, esperando ajuda. Subitamente, a porta de ferro desce. Tudo fica escuro.

"Clemence. Pega!" A atendente urra. 

Sinto uma criatura pequena grudar em meu peito e meu pescoço. Os dentes afiados são impiedosos. A dor de meu pescoço rasgando some subitamente. Consigo enxergá-la no breu. Ela está sorrindo timidamente e diz, enxugando o sangue de sua boca:

"Desculpe por isso... Seu cheiro... Era delicioso. Assim como seu gosto." 

Entendi tudo, mas agora é tarde.  #Partiu #Caçar #Humanos


Por: Rubria Gruby

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