Traduza!

English
French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

segunda-feira, 4 de março de 2013

Amor Platônico

Fabiano acordou atordoado. Olhou para o lado, onde sua amada costumava deitar-se  e viu somente o travesseiro intocado.

Abraçou-o com delicadeza, evitando que seu cheiro destrua por completo o perfume que ela deixou para trás.  Em meio aos lençóis brancos,  descobriu um rubro fio de cabelo. "Ah, Carla..." Pensou, pegando-o com a ponta dos dedos. 

Olhou fixamente para o vestígio do que restara de um amor insano. Por uma crise maldita de ciúmes, ela o abandonou. Ele não conseguia entender como uma pessoa intelectualmente sã poderia se deixar levar por tão tosco sentimento.

Levantou-se e colocou o cabelo com esmero na cabeceira de sua cama. Foi direto para o banheiro. Fitou o espelho com indiferença. Seus cabelos continuavam bagunçados e assim ficariam o resto do dia, decidiu. Voltou ao quarto já pensando nas roupas a usar. 

Pegou a regata preta que ela deu e vestiu, em seguida, foi em direção ao armário, do lado esquerdo da cama, e pegou uma camisa quadriculada em tons de azul, vermelho e preto. Vestiu a calça e as meias. Suspirou cansado. Desejou poder apodrecer naquela cama. 

A noite fora um turbilhão de gritos e acusações. Ele crê que tudo tenha acabado bem. 

Caminhou até seu monumento recém-adquirido. A preciosidade mais perfeita. Mas não era o suficiente. Deu um beijo naquilo e saiu do quarto. 

Deixou para trás a cabeça de Carla, em seu esconderijo, junto com as outras maravilhosas mulheres de cabelos vermelhos que tiveram o desgosto de cair nos braços de Fabiano. 

Frio e pacato, Fabiano era alegre e bonito. E matava sem dó.

Por: Rubria Gruby.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, seja coerente em seu comentário. Lembrando sempre que críticas serão tão bem aceitas quanto elogios.


Obrigado pela visita!

Os Autores.