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By Ferramentas Blog

terça-feira, 5 de junho de 2012

Nothing

Pela forma a qual todos naquele ônibus olhavam para mim, tive a impressão de que todos podiam ouvir os gritos ritmados e ensurdecedores de Gerard Way. 


Aquela voz era a única coisa que calava minha mente. Apenas uma imagem pairava em meio á confusão entre guitarras e voz: a do homem que nunca tive e jamais terei.


Aqueles olhos... Um dia, foram tão expressivos. Agora, encaram a escuridão do oceano. Como se eu realmente me importasse. Os peixes já devem tê-lo devorado. 


Quando o joguei, um pouco de sangue ainda esvaecia de seu corpo. Essa área do litoral normalmente tem tubarões. Com certeza eles já deram conta dele.


Sorri satisfeita. Nada conseguia me desanimar. Não com um trabalho excepcionalmente feito. 

Ele já havia feito demais comigo. Simplesmente, desapareceu de vista quando mais precisei dele. Quando mais o desejava. Quando mais o amava.



Se ele quis morrer para mim, já foi dado um jeito. E não há arrependimentos.






Por: Rubria Gruby.

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