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By Ferramentas Blog

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Conto Proibido

Os tempos mudaram demais em apenas duas décadas. As mulheres tomam o poder e o respeito de forma inacreditável, sendo assim, as coisas se tornaram estupidamente fáceis para Bria, a mais jovem condessa existente.

Filha de um casal rico em libras e poupérrimo em denodos, tornou-se condessa após a morte de seu pai, como mandavam as novas normas estipuladas, as quais diziam que não importa o sexo do filho, ele herdaria as terras e o título de seu pai.

A manhã ensolarada invadiu triunfante seu quarto no instante em que a mucama abriu as cortinas pesadas, fazendo um som áspero ecoar.

"Bom dia, minha Senhora." Disse sua criada, enquanto a ajudava a se levantar.

Espreguiçou-se indiferente ao esplendor que a rodeava. Escolheu um vestido grafite, discreto, com um decote significativo. Ia para uma casa da perdição pela primeira vez.

No auge de seus 19 anos, cansou-se de procurar pelo homem ideal e merecedor de sua pureza. Estava atormentada por sonhos tortuosos e inquietos que invadiam suas noites. 

A simplicidade do vestido mesclava com a estonteante beleza da condessa. Sua pele branca e doce era contrastada pelas ondas negras que formavam seus cabelos. Seus olhos de um azul tão profundo e sereno, que quando tristes tornam-se uma perfeita tempestade e alegres viram uma esmeralda rara e nítida.

Depois do café da manhã grandioso, saiu porta a fora atrás de seus amigos. Todos homens e loucos por ela. Nenhum conseguia atraí-la realmente, mas todos conheciam bem cada canto dos bordéis da cidade.

Saiu de seu condado cedo e chegou bem á tempo, odiava atrasar-se. "Boa tarde, condessa. Como estás tu?" cumprimentou-lhe Pedro, seu melhor amigo.

"Em paz, caro amigo... -Ela solta um suspiro- Em paz, somente".

Sem perder mais nem um segundo, começaram a caminhar em direção á casa do homem que ela tanto anseia sem sequer saber seu nome. Andavam pela rua empoeirada, ela pouco se importava. 

"Minha estimada amiga, tens certeza de que é isso que almejas?"


"Mais do que respirar, mais do que ver o sol nascer... Não entende e creio que jamais será capaz de fazê-lo, estou certa? Pouco importa, caro amigo."

Chegando em frente á porta grande, Pedro deixou-a sozinha. Respirou fundo tentando conter sua animação e entrou. O piso de madeira estalou, toda a casa era com móveis rústicos, negros. Não parecia ter um mínimo de felicidade por lá. 

Caminhou cautelosamente, sentia seu coração batendo firme em seu peito. Chegou até uma sala, a qual fora transformada em quarto. Uma cortina estava semi-aberta, deixando alguma luz entrar. Via todos os cômodos negros como na entrada. Uma voz surgiu de seu lado direito: "São 5 libras esterlinas por hora. Se quiser, entre debaixo dos cobertores. Do contrário, sabe onde fica a saída."

Ela virou-se ao ouvir o rugido grosso que era aquela voz. A pele mulata do homem a encantou de imediato. Seus olhos negros, em primeiro momento opacos, brilharam um pouco ao reconhecer a moça. Seus lábios carnudos deixaram-na inquieta. 

"Você? O que faz aqui? Não esperava que uma condessa precisasse dessas casas..."

"Bem, eu simplesmente não suporto as pessoas ao redor e prefiro me isolar á manter relações com pessoas interessadas em minhas posses. Você disse 5 por hora? Vamos começar com uma hora. Se o tempo passar, pago sem pestanejar."

"Quanta honra desvirginar a senhora, condessa."

"Agora não sou senhora de ninguém, sou mulher. Diga que vai me usar."

Um lançou-se em direção ao outro com tamanha ferocidade que ela não sangrou quando o hímen rompeu-se. Estava oficialmente na sociedade, não da forma a qual todos normalmente entram, mas da forma a qual desejara.


-Continua-

Por: Rubria Gruby.

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